quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Recessão nos EUA gera insegurança no mundo

Maior economia do mundo, os Estados Unidos iniciaram 2008 sob ameaça de uma forte recessão. Para conter a crise, que derrubou as principais Bolsas de Valores do planeta, o presidente George W. Bush anunciou um pacote de US$ 150 bilhões (1% do PIB do país) e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) promoveu um corte histórico na taxa básica de juros, de 0,75% ponto percentual (o maior desde agosto de 1982).Os economistas chamam de recessão um período em que a economia de uma determinada região ou país deixa de crescer. Ocorre uma redução das atividades comerciais e industriais. Assim, diminui o ritmo da produção e do trabalho. É uma época em que o desemprego aumenta e os salários caem, pois os empresários precisam produzir menos e reduzir os custos que têm com a manutenção de suas empresas. Você pode se perguntar em que uma recessão nos Estados Unidos pode interferir na economia brasileira e mundial. Na verdade, ninguém pode dizer com exatidão em que medida a situação norte-americana pode provocar estragos em outros países.Porém, a economia do mundo atual baseia-se em relações de interdependência. Grande parte das exportações brasileiras, por exemplo, vão justamente para os Estados Unidos que, com a recessão, pode reduzir suas importações.
A grande depressão de 1929
Um exemplo extremo de uma crise econômica nos Estados Unidos foi a grande depressão (uma recessão intensificada), que provocou uma catástrofe na economia mundial entre 1929 e 1934. No começo da segunda metade da década de 20 do século passado, a economia norte-americana estava em franca ascensão e o país recebia muitos investimentos estrangeiros.As ações nas principais Bolsas dos Estados Unidos não paravam de subir. O crescimento do mercado financeiro, porém, não correspondia a um desenvolvimento real das empresas. No dia 24 de outubro de 1924, que ficou conhecido como a "quinta-feira negra", os investidores começaram a vender as suas ações de forma desenfreada, tentando evitar prejuízos.As cotações da maioria das ações sofreram uma queda de 90% e os grandes investidores suspenderam os seus projetos no país. Durante uma semana, as cotações não pararam de cair. Naquela época, os Estados Unidos já detinham a principal posição da economia do mundo, o que contribuiu para dar uma dimensão mundial à crise.
New Deal
No começo, a reação à crise do governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Herbert Hoover, foi muito tímida. Com a chegada de Franklin Delano Roosevelt ao poder, em 1933, a situação econômica dos Estados Unidos passou por uma profunda alteração. Roosevelt criou as condições necessárias, com o "New Deal" (Novo Acordo), um conjunto de medidas econômicas que aumentava a participação do Estado na economia do país.Assim, após mais de quatro anos sem perspectivas de voltar a se desenvolver, os Estados Unidos saíram da "grande crise" e, aos poucos, recuperaram a sua liderança na economia mundial. Com os fundamentos econômicos preparados pelo governo do presidente Roosevelt, o país, mesmo participando de uma Guerra Mundial (a Segunda), manteve sua posição de destaque no cenário mundial, pelas décadas seguintes.
Caráter cíclico
Convém lembrar que situações de recessão como essas parecem ter caráter cíclico e que seus desdobramentos não são previsíveis. Em 2001, ante a ameaça de uma nova recessão norte-americana, os principais mercados financeiros do mundo viveram momentos de grande turbulência.No entanto, o governo norte-americano conseguiu criar medidas que evitaram a crise e a economia do país conheceu um novo ciclo de crescimento. O momento de incerteza atual decorre principalmente do fato de não se saber ao certo se as medidas adotadas pelas autoridades dos Estados Unidos serão suficientes para reverter a situação.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

PREPARE-SE PARA O VESTIBULAR

Guia traz orientações de especialistas, roteiro de estudo e dicas de quem se deu bem em outros anos
Não existe mágica para passar no vestibular, mas há uma receita: estudo, disciplina e organização. Especialistas e estudantes universitários ouvidos pelo G1 foram unânimes em apontar esses como os elementos fundamentais para ser aprovado nos processos seletivos das universidades. Confira a série de reportagens que traz orientações de professores de cursinhos e pedagogos para as horas de estudo, as dicas de alimentação de nutricionistas para o período de provas e os depoimentos de estudantes universitários que passaram entre os primeiros colocados em processos seletivos anteriores. Veja também as indicações para quem não passou no ano anterior.
Manter a tranqüilidade e selecionar o conteúdo a ser estudado para as avaliações são alguns dos trunfos para chegar confiante aos exames. Nossa equipe consultou professores para elaborar um guia de estudo com os tópicos de cada matéria que devem ser abordados nos principais vestibulares do país. Veja como responder bem a questões interdisciplinares e teste seus conhecimentos em um simulado nos moldes da primeira fase da Fuvest, o vestibular que seleciona candidatos para a Universidade de São Paulo (USP). Consulte e boa prova!
Prova de vestibular pode dar medo: são apenas algumas questões para testar o conteúdo de todas as disciplinas aprendidas no ensino médio. Os especialistas concordam que organizar bem o tempo e o conteúdo a ser estudado é fundamental para o candidato se dar bem no exame. Por isso, a equipe do G1 reuniu orientações e dicas de professores de cursinhos em um roteiro de estudo. O guia é dividido em oito disciplinas. Clique nos links abaixo e confira os tópicos que devem ser revisados para as provas dos principais processos seletivos do país.